quinta-feira, março 03, 2016

10 ideias de negócios para quem quer empreender em 2016


Se você está pensando em abrir um negócio, não comece sem antes ver as tendências do próximo ano

Difícil. Este foi o adjetivo mais usado pelos especialistas ouvidos por Pequenas Empresas & Grandes Negócios para descrever 2016. “Para os empreendedores, as perspectivas são assombrosas. Nenhum ano desde o início do Plano Real foi tão desfavorável quanto 2016. Infelizmente, 2015 não acabará no final deste ano. As características persistirão no ano que vem”, diz Marcelo Nakagawa, professor de empreendedorismo do Insper.
Para quem pensa em começar uma startup, o horizonte também é sombrio. “Acredito que os investimentos em 2016 serão bastante seletivos, principalmente em early stage”, diz Fernando de la Riva, CEO da Concrete Solutions. “O mercado de tecnologia no Brasil deve seguir áreas mais táticas, mais focado em sobrevivência de curto prazo e menos em uma visão do que ainda vai acontecer, como Internet das coisas, impressão 3D e machine learning”, diz Riva.
Mesmo diante de más perspectivas, as oportunidades ainda existem e muitos vão escolher o empreendedorismo em 2016. “Precisamos de empreendedores que mostrem o verdadeiro papel que os negócios podem ter na construção de um país com iguais oportunidades para todos”, diz Maure Pessanha, diretora-executiva da Artemísia. 
Para Alessandro Saade, professor da BSP - Business School São Paulo, é preciso estar preparado para conseguir ter sucesso no próximo ano. “O importante é ter um bom plano estratégico e uma gestão impecável. Monte um canvas, converse com pessoas, pesquise e crie seu plano estratégico de ação”, afirma.
Veja abaixo as indicações de Nakagawa, Riva, Maure e Saade para quem quer começar um negócio em 2016:
1. Fintech - A associação das palavras finanças e tecnologia resultou no termo fintech, usado principalmente para se referir a startups. Para Riva, esta é uma das áreas que pode crescer no próximo ano, seguindo um movimento que começou em 2015. “Um exemplo é a validação do NuBank, GuiaBolso e ContaAzul no Brasil, que mostra que a desagregação em serviços financeiros que já aconteceu nos Estados Unidos deve chegar ao Brasil em breve”, diz.
2. Economia compartilhada - Outra área que faz bastante sentido em um contexto de crise é a de economia compartilhada. “O Uber, por exemplo, além de dar respostas para o problema de mobilidade, também ajuda na questão de empregar pessoas que foram expulsas do mercado formal”, diz Riva.
3. Carreira e emprego - Mais uma vez, é de uma consequência da crise que aparece a oportunidade. O desemprego pode impulsionar negócios ligados à carreira e capacitação. “Ao analisar esse cenário, vemos que existe a oportunidade para startups que ofereçam formação técnica, mas com foco no desenvolvimento de empreendedorismo e competências socioemocionais”, diz Maure.
4. Negócios com potencial de exportação - O dólar alto abriu novas possibilidades para as empresas com potencial de exportação. “Mercado doméstico desaquecido e dólar alto é a receita ideal para a empresa buscar mercados fora do seu país. Para quem produz ou presta serviços tecnológicos é um prato cheio”, diz Saade. Para Nakagawa, artesanato, pequenas confecções e até serviços de programação “podem ter maiores chances de serem mais exportados com o dólar valorizado”.
5. Soluções para crise hídrica - A crise hídrica atinge, hoje, boa parte do Brasil. Por isso, soluções para limpeza da água, reaproveitamento e economia serão bem vistas. “A falta de acesso à água encanada e saneamento urbano são responsáveis por aproximadamente 75% do déficit habitacional qualitativo no Brasil. São 11 milhões de pessoas sem acesso à rede de água e 103 milhões sem tratamento de esgoto domiciliar”, diz Maure.
6. Negócios digitais - Apesar de mais difícil, o mercado digital deve continuar crescendo, especialmente em serviços e apps que agilizem a vida e reduzam o custo de um determinado tipo de serviço. “Não é possível generalizar, mas ainda há espaço para diversas novas soluções digitais móveis”, diz Nakagawa.
7. Manutenção ou reformas - Se economizar é a ordem do dia, empresas que ajudem na manutenção de bens podem ter sucesso. Ao invés de comprar um item novo, o consumidor deve optar por modernizar ou consertar o que já tem. “Vale para reforma da casa, da loja ou da fábrica, manutenção do carro, do caminhão ou das motos e atualização de softwares e hardwares. Tudo que puder ter a troca postergada”, diz Saade. “Nessa mesma linha, serviços como costureira, sapateiros, armarinhos e afins formam uma cadeia muito similar à das máquinas. O mesmo que as empresas farão com seus equipamentos os consumidores farão com seu patrimônio. ”
8. Soluções mais baratas - Não é preciso ser especialista em economia para entender que, em ano de crise, todo mundo quer gastar menos. Por isso, negócios que permitam economizar estão em alta. “Em 2016, parte da população brasileira continuará a fazer suas escolhas considerando o preço”, diz Nakagawa.
9. Food trucks - Os food trucks explodiram em 2015 e podem continuar crescendo em 2016. “É um conceito que veio para ficar por trazer, pelo menos na proposta, produtos inovadores com preços razoáveis. A tendência é observar trucks em outros segmentos como comércio e serviços”, diz o professor do Insper.
10. Microfranquias - O desemprego deve gerar uma onda de novos empreendedores, alguns por necessidade e outros por oportunidade. Com pouco capital, muitos devem escolher o formato das microfranquias. “Com um grande número de profissionais desligados das empresas e poucas novas vagas haverá uma grande procura por franquias de baixo custo. O ponto de atenção é buscar segmentos que o empreendedor conheça”, diz Saade.


Por Priscila Zuini - 21/12/2015 - http://revistapegn.globo.com

Seu Poder de Escolha

     

Existe uma história clássica entre os americanos e pouco conhecida entre nós, que conta a vida de um pai, bandido, que morreu e deixou dois filhos.


     Um saiu igual ao pai, um criminoso idêntico ao seu genitor. O outro se tornou um empresário bem-sucedido.
     Esse fato despertou a curiosidade de alguns estudiosos do comportamento humano. E esse pessoal conseguiu contato com os dois irmãos formulando a seguinte pergunta: O que o faz ser o que você é?
     O primeiro, bandido, respondeu: "O que você queria que eu fosse tendo um pai como o meu?".
     O segundo filho, empresário honesto e de sucesso, quando indagado, deu idêntica resposta: "O que você queria que eu fosse tendo um pai como o meu?".
     É interessante observar que o primeiro foi pela lei de menor esforço, à qual todos os fracassados e derrotados na vida obedecem. O segundo resolveu atuar sobre seu destino e escolhê-lo.
     Perceberam? São mesmas palavras com sentidos diferentes. Cabe aqui uma frase de Jean-Paul Sartre que disse: "Não importa o que fazem com você, importa o que você faz do que fazem a você".
     Também vale aqui uma frase de Dom Helder Câmara: "É graça divina começar bem. Graça maior, persistir na caminhada certa. Mas a graça das graças é não desistir nunca".
     Mil pessoas gostam de você, mas, tem uma que não gosta e é justamente nesta pessoa que você pensa quando vai "dormir". Esse é o erro.
     Sempre tenho colocado que as pessoas sabem 90% do que tem que fazer, mas não fazem.
     No caso do primeiro filho, a sociedade entende, afinal é de "pai para filho", mas não aprova, não aplaude.
     O alerta é: Cuidado com a permissão para o fracasso.
     Quantas vezes ouvimos expressões no cotidiano que dizem assim: "Também, com o pai que tinha...". "Também, com a educação que recebeu...". "Não podia dar noutra coisa".
     Se você já entrar num casamento pensando que se não der certo, tudo bem, separa, convenhamos, a probabilidade de não dar certo é muito grande.
     Você quer o prêmio? Você quer a recompensa? Você quer superar todas as dificuldades para atingir o topo? Então aja. Atue sobre sua vida. Tenha atitude de verdade.
     Lembre-se, esperar que tudo "caia do céu" é o exercício preferido dos derrotados, dos profetas do caos, dos passivos de plantão.
     Resumindo: você escolhe o seu destino!

     Pense nisso, um forte abraço e esteja com Deus!

(autor desconhecido)

quarta-feira, setembro 23, 2015

Workshops SINAPSE - melhorando o desempenho empresarial


1. Vendas e Negociações Eficazes 

Objetivos: Workshop operacional–comportamental com foco em Vendas; Adotar um sistema de vendas eficiente e eficaz; Aprender a criar vínculos e afinidades com diferentes tipos de clientes; Entender como o cliente toma sua decisão e quem ele envolve no processo;
Conteúdo: Técnicas de Vendas eficazes; Química da Venda; Como atrair, conquistar e manter clientes; Desenvolvimento de equipes de vendas; Postura, Ética e Compromisso

2. Motivação e Trabalho em Equipe 

Objetivos: Inspirar os participantes a olharem para as suas vidas de forma positiva e tomar a iniciativa de autodesenvolvimento e crescimento profissional; Propiciar resultados práticos de qualidade para o ambiente, condições de trabalho, relações interpessoais; Abranger desde as habilidades pessoais em gerir os próprios comportamentos até o comprometimento das equipes com os resultados organizacionais.

Conteúdo: Automotivação, sinergia, trabalho em equipe; Identificação de potencialidades e necessidades de desenvolvimento; Atingimento de metas e objetivos; Características das pessoas realizadoras; Resiliência e adaptação a mudanças; O poder da atitude positiva

3. Excelência no Atendimento ao Cliente 

Objetivos: Realizar workshop operacional–comportamental, aplicado em ambiente de trabalho do funcionário; Propiciar resultados práticos de qualidade para o ambiente, condições de trabalho, relações interpessoais, atração, conquista e fidelização de clientes.
Conteúdo das atividades: Qualidade no Atendimento; Técnicas do Atendimento que Vende; Relações Interpessoais e trabalho em equipe; Motivação e Auto Estima; Postura, Ética e compromisso

4. Visão Empreendedora 

Objetivos: Desenvolver visão empreendedora com foco em inovação, gerenciamento de custos e busca pelos resultados; Estimular e desenvolver características como comprometimento, iniciativa, criatividade, autoconfiança; Incentivar a reflexão sobre responsabilidades e atos para os resultados empresariais;

Conteúdo das atividades: O perfil do Empreendedor o e empreendedorismo; A inovação, busca de oportunidade; A criação de riqueza e o valor acrescentado; A criatividade e  adequação ao mercado;

5. Administração do Tempo 

Objetivos: Entender a importância do tempo e aplicá-lo em favor da produtividade organizacional e da qualidade de vida pessoal e profissional, através de planejamento, organização, delegação, disciplina, concentração e comunicação. Otimizar o uso do tempo pessoal e profissional e Equilibrar: trabalho, vida pessoal e familiar

Conteúdo: O tempo nas organizações; Desperdiçadores e Economizadores de Tempo; Administração do tempo: áreas de resultado; Como aproveitar ao máximo o seu tempo e potencial; Otimizando o uso do tempo pessoal e profissional; Equilibrar: trabalho, vida pessoal e familiar; Traçar objetivos e aprender a planejar

6. Desenvolvendo a Cultura Organizacional 

Objetivos: Apresentar os principais conceitos de Cultura Organizacional orientada para Valores - dando ênfase à importância de se criar e fortalecer a cultura para garantir bom clima e satisfação dos colaboradores, além de garantir resultados estratégicos e financeiros para
Conteúdo: O que é Cultura Organizacional; Missão, visão e valores; Estratégia de negócios; O papel da liderança na Cultura Organizacional; Resiliência; Cases de sucesso

Para todos os Workshops 

Metodologia - Técnicas vivenciais, dinâmicas de grupo, simulações e aulas expositivo-dialogadas.

CURRICULO DO PROFISSIONAL 

VALDOLIRIO JUNIOR – Empresário, educador, facilitador e palestrante: liderança, motivação, formação de equipes, atendimento ao cliente, vendas, gestão de pequenos negócios e segurança do trabalho. Pedagogo, técnico em administração e segurança do trabalho, Bel. Teologia.
Instrutor credenciado SEBRAE em empreendedorismo e recursos humanos,  EMPRETEC (ONU/Sebrae).

Contato para orçamento: valdoliriojunior@gmail.com /  sinapseed@gmail.com


Essencialismo: Quer ser bem-sucedido? Faça menos!


Essencialismo: Quer ser bem-sucedido? Faça menos!


“Mais produtividade, menos estresse, mais alegria” – É com essa frase que o consultor inglês Greg McKeown resume as promessas da filosofia que batiza seu recente best-seller, “Essencialismo: A disciplinada busca por menos”.

O profissional “essencialista”, explica McKeown, é aquele que vê claramente a diferença entre o desnecessário e o indispensável. A teoria soa simples: ao dizer “não” a tarefas irrelevantes, você investe toda a sua energia só naquilo que é essencial. Como resultado, o seu desempenho vai às alturas.

A prática pode ser mais complicada, mas McKeown, nomeado um dos “Jovens Líderes Globais” pelo Fórum Econômico Mundial, procura viver o que prega. Para escrever o livro, ele trabalhou por nove meses em “modo monge”, isolado num escritório privado no quintal de sua casa em Menlo Park, Califórnia.

A capacidade de se concentrar apenas no essencial, defende o britânico, é o segredo para o sucesso em um mundo hiperconectado e cada vez mais abarrotado de informações, opiniões e tarefas. Veja, a seguir, os principais trechos da conversa exclusiva da Exame.com com McKeown, que entrou para a lista dos autores mais lidos em 2015, segundo o jornal “The New York Times”:

Exame.com: Muitos profissionais têm se sentido, ao mesmo tempo, sobrecarregados e improdutivos. O que explica esse paradoxo?
Greg McKeown: Na última década, a humanidade se deparou com uma explosão de escolhas. Mais do que isso, também se criou um excesso na oferta de opiniões sobre todos os assuntos na internet.

DIANTE DISSO, AS PESSOAS ESTÃO DEIXANDO DE SER SELETIVAS, ELAS TENTAM FAZER UM POUCO DE TUDO. O RESULTADO É QUE ELAS SENTEM QUE ESTÃO SEMPRE TRABALHANDO, MAS QUE TAMBÉM ESTÃO SEMPRE ATRASADAS.

Então o problema não é a falta de tempo, mas a dificuldade de fazer escolhas?
Exatamente. Existem recursos finitos que podem ser encaixados em possibilidades infinitas. Ora, quando você é funcionário de uma empresa, o que você espera do seu CEO? Que ele faça escolhas estratégicas e invista naquilo que pode fazer a empresa se desenvolver. Mas aqui está uma provocação: como CEO da sua própria vida, será que você está alocando os seus próprios recursos de forma inteligente?

Isso permite “fazer mais com menos”, um lema típico do discurso corporativo atual?

Permite fazer menos, mas melhor. Essas são as três palavras mágicas do essencialismo: “menos, mas melhor”. Não é só uma frase bonita para lembrar de vez em quando, é toda uma filosofia de vida e de carreira. Ela permite que você use melhor os recursos de que dispõe.

Fazer menos não é, de certa forma, contrariar uma norma cultural do mundo empresarial, que normalmente premia quem faz mais?

Sim. O essencialismo é uma espécie de contracultura. Passei o último ano trabalhando essa filosofia em diversos países, e me espantei com a imensa diferença entre a minha proposta e a mentalidade reinante nas empresas. Mesmo assim, é possível ser um essencialista num ambiente não-essencialista. Mas é um processo que demanda tempo e paciência.

Como funciona esse processo?
Antes de tudo, é preciso mudar a sua própria mentalidade. Depois de um longo período de pesquisa, quando você finalmente descobre o que é essencial e traz valor para o seu trabalho, então você se torna apto a negociar com seu sócio, com o seu CFO, até com a sua sogra.

Quando sabe o que é essencial, você conquista o direito de recusar tarefas irrelevantes. De forma educada, claro, porém firme. Não se deve dizer simplesmente: “Não, não vou fazer isso”. É melhor dizer: “Veja, esta tarefa é interessante, mas acho que aquele outro caminho pode trazer mais resultado”. Antes de negociar, você precisa saber, com propriedade, o que é essencial. Ter essa clareza traz um grande empoderamento.

Como saber o que é essencial?
Você precisa revisar toda a sua vida, desde o início, pensar no legado dos seus avós, dos seus pais. Do dia em que nasceu até hoje, quando a vida foi boa? Quando a vida foi ruim? Quais são os seus objetivos a longo prazo? Como você quer que os seus netos se lembrem de você?

PENSAR COM UMA PERSPECTIVA LONGA, TANTO NA DIREÇÃO DO PASSADO QUANTO DO FUTURO, É O SEGREDO PARA PERCEBER O QUE É ESSENCIAL. ESSE DISTANCIAMENTO DO OLHAR É O QUE ESTÁ POR TRÁS DO PENSAMENTO DO ESSENCIALISTA.

Quem não tem essa mentalidade está apenas reagindo ao próximo email que recebe, está apenas respondendo à agenda das outras pessoas.

A filosofia do essencialismo também é válida em tempos mais vulneráveis, como os de uma crise econômica?

Se você tem medo, realmente é uma estratégia arriscada para tempos difíceis. Mas só se você executá-la mal. Se fizer as coisas do jeito certo, você pode ter uma grande vantagem profissional em qualquer ambiente econômico. Na verdade, a vantagem é ainda maior num ambiente de crise.
Se você não souber implementar a mentalidade essencialista, ela pode ser perigosa. Mas, se souber usá-la bem, ela pode ser um grande impulso para seu negócio.

Artigo adaptado da Exame.com
Leia mais em Endeavor @ https://endeavor.org.br/essencialismo/

sábado, setembro 19, 2015

2015, o fim do real: insanidade é fazer o mesmo esperando algo diferente

Parte do título é uma frase de Albert Einstein, mas explica a decisão de alguns em 2015. Para muitos, este é um ano para ser esquecido. Mas será lembrado. Vai se lembrar de como não estipular uma meta e depois dobrá-la, de como tomar banho com pouca água e do medo de passar dificuldades financeiras após anos de tranquilidade. 2015 é o ano em que fomos rebaixados pela corrupção, pela inflação, pela incompetência e, principalmente, pela ganância. E este rebaixamento traz um vazio agoniante para muitas pessoas.
Enquanto alguns preenchem o vazio com a depressão, outros o usam como uma página em branco para uma nova obra a ser traçada.
Muitos amigos e conhecidos escolheram não se rebaixar e enfrentaram as suas realidades em 2015. Fizeram dos seus vazios, suas plenitudes. Tornaram-se belas criações de suas próprias crises. Viraram empreendedores de si mesmos.
Três deles ilustram o início, o meio e o fim (não como término, mas como finalidade) desta chance de recomeçar neste ano louco.
Os dois dias mais importantes em sua vida foram o dia em que nasceu e aquele em que descobriu porquê. A frase é do escritor norte-americano Mark Twain, mas deve unir todos os neurônios deste meu primeiro amigo. Jovem prodígio, liderou duas das principais organizações  não-governamentais do país antes dos 30 anos onde conheceu praticamente todos os principais empreendedores do Brasil e alguns dos principais executivos. Poderia ter escolhido assumir uma posição executiva em muitas grandes empresas, mas decidiu largar tudo para tirar um período sabático para vivenciar novas experiências, estudar mais sobre si mesmo e sobre a vida, estar muito mais tempo com seus filhos e quem sabe, descobrir o seu segundo dia mais importante na vida.
O segundo amigo encontrou na educação o seu meio de viver (e não um meio de vida). Depois de uma carreira brilhante no setor financeiro e, em seguida, como investidor em novos negócios, resolveu parar a sua vida insana e descer para se perder em novos caminhos. Foi estudar empreendedorismo, psicologia positiva, budismo, história, direito, filosofia, inteligência artificial, economia e até biologia.  Até criou um título para si próprio: Presidente do seu crescimento pessoal. Mas seu verdadeiro crescimento só se iniciou quando passou a interagir com pessoas generosas que estão dando suas vidas para melhorar a educação no Brasil. Por que elas estão fazendo isso? Porque decidiram querer de coração. E isto é poder. Educar a mente sem educar o coração não é educação é uma frase de Aristóteles, mas poderia resumir o meio que este meu amigo encontrou para se perder e se encontrar novamente.
O melhor modo de encontrar a si mesmo é se perder servindo aos outros é a frase de Gandhi que explica a plenitude atual do meu terceiro amigo. Ele deixou a diretoria de uma das consultorias líderes em contratação de pessoas. Mesmo tendo feito MBA em uma das principais universidades do mundo, trabalhado em grandes empresas multinacionais e grandes consultorias de recursos humanos e gestão, largou tudo para fazer o Caminho de Santiago de Compostela. Na volta, criou a sua consultoria para fazer algo que realmente ajude as pessoas (e não as empresas que o, eventualmente, contratam) a preencherem os seus vazios.
Neste momento de crise, eles deixaram o real de lado e foram em busca dos seus ideais. Loucos, diriam alguns. Mas “louco é quem me diz e não é feliz” – cantariam outros.
Marcelo Nakagawa é professor do Insper e diretor de empreendedorismo da FIAP

18 de setembro de 2015

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